UCPel amplia atuação regional com projeto de regularização fundiária em Jaguarão
08.09.2025
A Universidade Católica de Pelotas (UCPel) firmou uma parceria com a Prefeitura de Jaguarão nesta segunda (8). O reitor José Carlos Pereira Bachettini Júnior recebeu em seu gabinete o prefeito Rogério Lemos Cruz para a assinatura do termo.
Por meio do programa de extensão Sustentabilidade no Habitat Social, do curso de Arquitetura e Urbanismo, será realizada a regularização fundiária de 62 lotes no Centro da cidade. Os trabalhos iniciam ainda nesta semana e a previsão é de que em 2026 o trabalho seja concluído.
A UCPel retrata essa missão em seu DNA. Em seus valores estão a solidariedade e o voluntariado. O curso de Arquitetura e Urbanismo realizou a regularização fundiária nos municípios de Pelotas, Rio Grande e Capão do Leão. Essa é a primeira parceria com a cidade de Jaguarão.
“Um dos momentos mais bonitos na minha história à frente da reitoria da UCPel foi em um processo de regularização fundiária. Uma senhora disse a um aluno que contribuiu com o projeto que, com a escritura em mãos, tinha total segurança para sair aos finais de semana e retornar tranquilamente a sua casa. Garanto a vocês que o trabalho realizado será o melhor possível”, enfatizou o reitor.
“Só tenho a agradecer à UCPel pelo trabalho. Eu tenho certeza que vai ser executado da melhor maneira possível”, agradeceu o prefeito Rogério Lemos Cruz.
Além do reitor e do prefeito, estiveram presentes na pactuação o Coordenador de Educação Continuada e Extensão da UCPel, Daniel Schuch; o secretário de Planejamento e Urbanismo de Jaguarão, Luiz Barreto; o coordenador do programa de extensão Sustentabilidade no Habitat Social, Alexandre Maciel; e demais professores, alunos e servidores municipais de Jaguarão.
Idealização
Aline Otto, arquiteta da Prefeitura de Jaguarão, é egressa da UCPel. Ela participou, como voluntária, em 2013, do processo de regularização fundiária no Bairro Dunas, Zona Leste de Pelotas. Em uma conversa informal com o professor Alexandre Maciel, Aline teve a ideia de levar o projeto a Jaguarão.
“Quando eu soube que o projeto ainda estava em andamento, logo disse que a prefeitura tinha interesse. Nós temos, em Jaguarão, cerca de seis mil lotes a serem regularizados”, enfatizou a servidora, citando que esse dado é quase metade dos lotes existentes em Jaguarão.
A arquiteta levou a ideia ao prefeito Rogério para a sua avaliação. Ele logo topou: “eu sei o quanto a UCPel é capacitada e competente para a realização deste serviço”, reforçou o chefe do executivo.
A área contemplada é uma das que o Município tem uma urgência em atender, conforme citou a arquiteta. Por lá, o trabalho de regularização iniciou há um tempo, porém, por falta de capital humano e de tecnologia, teve de ser suspenso: “esse projeto é muito importante para que os alunos tenham essa experiência, saiam a campo, e também para a nossa população. Muito da minha vivência como aluna foi aplicada agora na prefeitura, já formada. O objetivo é ajudar a comunidade acadêmica, que eu fiz parte, e também a minha cidade”, finalizou.
Próximos passos
Conforme o professor Alexandre Maciel, coordenador do programa de extensão, estarão envolvidos todos os sete alunos do programa de extensão. O projeto, que atua há mais de 15 anos, já realizou projetos fundiários em mais duas cidades da região, além de Pelotas e da parceria firmada com o Município de Jaguarão. Além do professor Alexandre, integram o projeto os professores Ricardo Brod e Joseane Almeida.
Após o convênio fechado, segundo o coordenador do projeto, serão realizadas visitas técnicas à comunidade. Logo após, os acadêmicos farão um reconhecimento do espaço. Por meio de visão aérea, com drones, será realizada uma ortorretificação. Paralelamente, será feita a medição dos terrenos, principalmente na parte da frente. Com o processo finalizado, será construído o mapa da área regularizada. O trabalho realizado pela UCPel será gratuito à comunidade. Com a finalização do mapa, serão realizados os serviços de cartório e registro das propriedades.
“A importância para a nossa comunidade é magnífica, porque os alunos vão à comunidade. Assim, cumpre-se a essência da extensão, aumentando a vida e o repertório dos alunos. Ao mesmo tempo, vamos dar um retorno para a comunidade daquele município. É fundamental para os dois lados”, celebrou o professor.
Redação: Lucas Pereira
Fotos: Cláudio Ferreira