Acadêmicos da UCPel comandam vacinação no Mercado Público
10.10.2022
As ações de vacinação serão intensificadas no município durante todo o mês de outubro devido à baixa cobertura vacinal apresentada. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) pediu o apoio da Católica de Pelotas (UCPel) para a realização de iniciativas de incentivo e revisão de caderneta, e também para a efetiva aplicação dos imunizantes. A partir disso, a universidade assumiu o ponto de vacinação localizado no Mercado Central ao longo do último sábado (8), através do programa de extensão Cuidado é o Segredo, coordenado pela professora Cândida Rodrigues.
Alunos e professores dos cursos de Medicina e Enfermagem da UCPel participaram da atividade de incentivo e aplicação de vacinas no Centro da cidade. Cerca de 25 acadêmicos estiveram no Mercado para oferecer à comunidade as vacinas da tríplice viral, Influenza, antitetânica, Hepatite B e Covid – adulta e pediátrica.
O espaço recebeu um grande público desde o início da manhã. Quem esteve por lá foi o engenheiro civil Juliano Reis, que acompanhou a esposa e a filha na imunização. “Depois de dois anos de pandemia nós temos que aprender que a vacina sempre foi um benefício. Principalmente pros pequenos, mas também pra proteção de todos nós”, aponta.
Momento de conscientização
Na última semana um caso suspeito de poliomielite em uma criança no Estado do Pará reacendeu o alerta sobre a necessidade de imunizar os mais jovens. Muitas doenças imunopreveníveis têm ressurgido em função, justamente, da baixa cobertura vacinal. O movimento antivacina, que também ganhou força no país, é outro fator preocupante e que reforça a essencialidade de ações como a realizada no sábado em Pelotas.
“Hoje estamos com uma boa procura. As pessoas estão interessadas em ter a caderneta revisada, ou em receber alguma vacina. E nós temos reforçado a importância disso. É disso que nós precisamos”, analisa Cândida. “O importante é que a gente se fortaleça na busca pelas vacinas. Temos as aplicações gratuitas, disponíveis dentro do SUS, gratuitas nas Unidades Básicas de Saúde”, reforça a professora da Católica.
Bom pra comunidade, bom pros alunos
Para os acadêmicos da UCPel que participaram da ação no Mercado, o sábado foi ainda de muito aprendizado. Estiveram por lá estudantes de cursos da saúde de semestres variados, do início ao fim da graduação.
Antes do início da atividade, todos passaram por um momento de capacitação, no qual receberam orientações sobre os imunizantes disponíveis e as doenças a serem prevenidas.
Bruna Nola, do segundo semestre de Enfermagem, celebrou a oportunidade de integrar a equipe. “É um momento especial na minha jornada acadêmica. Mesmo no primeiro ano do curso, já tenho a chance de lidar e enxergar de perto como é a vida real de um enfermeiro”, comemora.
O sentimento é o mesmo para Júlia Pereira, do oitavo semestre. “Participar do projeto agrega muito à minha profissão. Ver a procura das pessoas pela vacina, sejam adultos ou crianças, é muito importante. É uma baita experiência profissional”, garante.
“Pro acadêmico é um ganho muito positivo. A gente vê o entusiasmo dos alunos envolvidos. Precisamos do movimento de todos para que possamos voltar a ter uma cobertura vacinal adequada”, completa Cândida.
Alívio e conforto
Quem também marcou presença no Mercado foi o projeto Sensibilizarte, que trabalha com o objetivo de levar um pouco de alegria e conforto ao ambiente em que estão os pacientes. Coordenada pela professora Quelen Garlet, a iniciativa fez sucesso, principalmente entre os pequenos – muitos deles um pouco assustados momentos antes de tomarem a vacina.
Com uma abordagem leve e divertida, os integrantes do projeto receberam as crianças com sorrisos, brincadeiras e balões. Tudo para transformar a inevitável preocupação dos mais jovens com a agulhada em alívio através de muito carinho e atenção.
“Temos que estimular a vacinação, e uma forma de estimular é deixar esse momento um pouco mais leve. As crianças gostam, enxergam o colorido, os balões, as brincadeiras, e isso tudo deixa o contexto da aplicação da vacina menos traumático. Aí eles vão pra escola e contam pro coleguinha que a vacinação é legal”, explica Quelen.
Redação: Leandro Lopes